O recente fenómeno migratório que Portugal atravessa, com um fluxo de chegadas de estudantes dos mais variados pontos do Globo, constitui-se como um desafio que as escolas têm de enfrentar. O caráter interativo do fenómeno migratório e da globalização, que marcou grande parte do final do século XX, fomentou o contacto de pessoas de diferentes culturas e lugares.
Com a crescente coexistência de diferentes culturas nas escolas portuguesas, torna-se urgente que os diferentes agentes educativos percebam a importância de uma educação que promova a interculturalidade, no sentido de alcançarmos um ensino cada vez equitativo, recorrendo ao uso de estratégias e recursos diferenciados, que visem aumentar os níveis de autoeficácia docente. Sendo diretor de um agrupamento de escolas com cerca de 1/3 da população estrangeira, há que perspectivar e efetivar, de forma holística, a inclusão destas crianças e jovens no sistema educativo português, nomeadamente, através da melhoria da perceção de autoeficácia do corpo docente, estimulando práticas colaborativas e incrementando planos de formação para o seu desenvolvimento profissional.
Diretor do Agrupamento de Escolas Patrício Prazeres | Prof. Artur Ferreira